Impressionante a música e a história de Michel Petrucciani, depois de assistir ao filme sobre sua vida a gente passa até a refletir mais. Uma grande lição de quem fez o que queria e mostrou que realmente basta querer fazer e não ser vítima da própria vida. Fica o som e a lição desse figuraça!
Michel Petrucciani, desde o seu nascimento, deficiente físico, em decorrência de uma forma severa de osteogênese imperfeita - a "doença dos ossos de vidro" ou "ossos de cristal". Além da fragilidade dos ossos, a doença também afetou seu crescimento. Sua estatura era de menos de um metro, e seus ossos podiam se quebrar até mesmo pelo esforço de tocar piano. Como não podia frequentar a escola, tinha aulas em casa, com professores particulares. Mais tarde fez cursos por correspondência. Seu pai fabricou para ele um dispositivo para elevar os pedais do piano e assim, desde os quatro anos, Michel estudou piano e bateria, dedicando-se inicialmente à música clássica e depois, ao jazz. Seus dois irmãos também são músicos: Louis é contrabaixista, e Philippe é guitarrista.
Michel exibiu-se em público pela primeira vez aos 13 anos, acompanhando o trompetista americano Clark Terry. Aos 15 anos, começou sua carreira profissional, tocando com o baterista e vibrafonista Kenny Clarke, com quem gravou seu primeiro álbum, em Paris. Depois de um tour pela França, com o saxofonista Lee Konitz, em 1981, transferiu-se para Big Sur, na Califórnia, onde foi descoberto pelo saxofonista Charles Lloyd, que o fez membro do seu quarteto durante três anos. Seu extraordinário talento musical e suas qualidades humanas lhe permitiram trabalhar com músicos do calibre de Dizzy Gillespie, Jim Hall, Wayne Shorter, Palle Daniellson, Eliot Zigmund, Eddie Gómez e Steve Gadd.
Entre os numerosos prêmios que recebeu ao longo de sua breve carreira, destacam-se o Django Reinhardt Award. Foi também indicado como "melhor músico de jazz europeu", pelo Ministério da Cultura da Itália. Michel teve quatro companheiras oficiais:
- Erlinda Montaño, uma americana descendente de índios
navajos, que o introduziu no meio musical dos Estados Unidos (divórcio por
volta de 1988).
- Eugenia Morrison
- Marie-Laure Roperch, uma canadense com quem viveu a partir
de 1990, e com quem teve um filho, Alexandre, atingido pela mesma doença do
pai2 . Ele também tinha um filho adotivo, Rachid Roperch.3 4 5
- Gilda Buttà, uma pianista italiana, de quem se divorciou três
meses depois do casamento
- Isabelle Mailé, que o acompanhou nos seus últimos dias de
vida, até sua morte, em decorrência de graves complicações pulmonares, no
hospital Beth Israel, em Nova York.
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Track listing
"Old Wine, New Bottles" (Lenny White) – 6:54
"Dania" (Jaco Pastorious)– 7:38
"Michel's Waltz" (Michel Petrucciani) – 4:40
"Stella by Starlight" (Ned Washington / Victor Young) – 8:45
"Goodbye Pork Pie Hat" (Charles Mingus) - 9:28
"Virgo Rising" (Wayne Shorter) - 5:41
"Nefertiti" (Wayne Shorter) - 8:54
"Summertime" (George Gershwin / Ira Gershwin / DuBose Heyward) - 8:54
Personnel
Wayne Shorter - Tenor and Soprano Saxophone
Michel Petrucciani - Piano
Stanley Clarke - Acoustic and Electric Bass
Lenny White - Drums
Gil Goldstein - Keyboards
Pete Levin - Keyboards