O poeta, compositor e músico Itamar de Assumpção, que dá nome ao Espaço Itamar Assumpção, natural de Tietê, São Paulo, nasceu no dia 13 de setembro de 1949. Sua família instalou-se, anos depois, no Paraná, onde Itamar aprendeu a tocar violão, dedicando-se a compor. Em 1972, as canções Queimada e Tempo Completo lhe renderam o prêmio de Melhor Apresentação Total no V Festival Universitário de Londrina. O ano de 1978 marca a sua estreia nos palcos paulistanos, cidade em que se instalou em 1973, com apresentações ao lado de Nelson Jacobina e Jorge Mautner. No ano seguinte, apresenta-se com Arrigo Barnabé.
A partir de 1981, ano em que lança seu primeiro disco, Beleléu, Leléu, Eu, toca com a banda Isca de Polícia, apresentando-se em festivais, faz shows e participa de programas televisivos. É nesse ano, ainda, que recebe da Associação Paulista de Críticos de Arte – APCA o Prêmio Revelação Masculina. A partir de então, seguem-se lançamentos de discos, apresentações por várias cidades do Brasil, pelo Projeto Pixinguinha, outras premiações. Em maio de 1988, apresenta-se com a banda Isca na Alemanha. Em 1996, regressa à Europa, apresentando-se com sucesso na França e Alemanha. Itamar construiu profícuas e memoráveis parcerias ao longo de sua carreira, tendo atuado ao lado de intérpretes como Alzira e Tetê Espíndola, Ná Ozetti e Suzana Salles, além da poeta Alice Ruiz. Sua filha Anelis também foi sua companheira de shows, em 1999.
Seus discos são obras de referência da chamada Vanguarda Paulistana, movimento cultural dos anos de 70 e 80, em que se destacaram as produções independentes, de cunho experimental. Complementam sua discografia as seguintes obras: Às próprias custas S/A, Sampa Midnight - isso não vai ficar assim, Intercontinental ! Quem Diria! Era Só o Que Faltava !!!, Bicho de Sete Cabeças volume I, Bicho de Sete Cabeças volume II, Bicho de Sete Cabeças volume III, Ataulfo Alves por Itamar Assumpção - Pra Sempre Agora, Pretobrás e Vasconcelos e Assumpção - isso vai dar repercussão. Seu último show teve lugar em 25 de fevereiro de 2003, tendo sido acompanhado pela banda Orquídeas, no Centro Cultural Banco do Brasil, em São Paulo, cidade onde faleceu, em 12 de junho, aos 53 anos.
Palhinha:
Meus Discos Preferidos:
Produzido por Paulo Lepetit, o disco surpreende pela simplicidade e refinamento com que passeia pelas sete faixas, onde o violão e o canto de Itamar integra-se à criativa percussão do pernambucano Nana e as pitadas sonoras de um seleto grupo de convidados como Bocato, Anelis Assumpção, Vange Milliet, Tata Fernandes, além do próprio Lepetit.
Segundo disco do Itamar. Trata-se de um ao vivo.. muito bom para conferir como era ele e a banda no palco, pois é o único ao vivo dele. Um disco muito bonito, com muito silêncio e muito som. Músicas realmente interessantes com letras e arranjos diferentes. O disco todo segue um roteiro com tom radialístico, começando com versões, reinvenções de músicas de outros compositores, como Jards Macalé (em "Negra Melodia"), Paulinho da Viola (em "Você Está Sumindo") e Adoniran Barbosa (em "Vide verso Meu Endereço"). Na segunda parte do show, anunciada como os intervalos comerciais de um programa de rádio, a banda passa a tocar as composições de Itamar. Repleto de músicas simplesmente instigantes e teatralidades. Um dos melhores discos de Itamar, na minha opinião.
Este álbum é especial para mim. Meu favorito!
Ouçam Itamar Assumpção... Faz bem para a saúde!
“No mais sambamos de tudo funk soul blues jazz rock and roll”