sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

Confraria dos Blogs apresenta- Banco Del Mutuo Soccorso (Uma homenagem a Franceso di Giacomo)

Banco del Mutuo Soccorso é uma seminal banda italiana de rock progressivo. Com seu primeiro disco lançado em 1972, eles tiveram por toda a década de 1970 uma obra considerada de alto nível pelos fãs do gênero. Sua música foi influenciada por bandas inglesas de rock progressivo mais antigas, como Emerson, Lake & Palmer, King Crimson, Pink Floyd e Genesis. Banco del Mutuo Soccorso tem seu álbum Darwin! com a mais alta avaliação do sítio Gnosis, conhecida referência de rock progressivo na World Wide Web. 

Após uma solicitação do Dr. Luciano, no Buteco, a Confraria do Prog resolveu fazer uma homenagem a esta maravilhosa banda, e principalmente ao seu vocalista que nos deixou no último dia 21 de fevereiro de 2014. Francisco Di Giácomo.


Francesco di Giacomo, vocalista da banda italiana Banco del Mutuo Soccorso, faleceu hoje, 21 de fevereiro de 2014, em decorrência de um acidente de carro ocorrido em Zagarolo, na região de Lácio, em Roma. Francesco, 67 anos de idade, estava sozinho no carro quando aparentemente sofreu um mal estar e perdeu o controle do veículo, que colidiu frontalmente com outro veículo, cuja ocupante sofreu apenas ferimentos leves. O vocalista chegou a ser levado para o hospital mas morreu no meio do caminho. A banda se apresentou no Brasil em 2000 no Rio Art Rock Festival, realizado no Garden Hall, Rio de Janeiro.

Seguem alguns álbuns para saudar o grande Bardo Italiano, com o Bando del Mutuo Soccorso:



Canto di primavera (Song of Spring) is the ninth studio album by the Italian progressive rock band, Banco del Mutuo Soccorso. the album was first released in 1979. the album marked the return to lyrical songs after the instrumental album, ...di terra. the album reached to No. 36 in the Italian album chart.




quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

The Who - ROCK!!!!


The Who é uma banda de rock britânica surgida em 1964. A formação original era composta por Pete Townshend (guitarra), Roger Daltrey (vocais), John Entwistle (baixo) e Keith Moon (bateria). O grupo alcançou fama internacional, se tornou conhecido pelo dinamismo de suas apresentações e passou a ser considerado uma das maiores bandas de rock and roll de todos os tempos. Eles também são julgados pioneiros do estilo, popularizando entre outras coisas a ópera rock (principalmente com Tommy). No princípio de sua carreira a banda ficou famosa por arrebentar completamente seus instrumentos no final dos shows (especialmente Townshend, cuja destruição de guitarras se tornou um clichê do rock, e o alucinado Keith Moon, mandando seu kit de bateria pelos ares). Seus primeiros álbuns mod, repletos de canções pop curtas e agressivas, os distintos power chords de Townshend e temas recorrentes de rebelião juvenil e confusão sentimental, foram influências primordiais no surgimento do punk rock e do power pop.


O Who começou a carreira em 1964 e o no seguinte lançou seu primeiro álbum, “My generation”. Logo a banda se tornaria uma das mais populares da Grã-Bretanha, alcançado status semelhante ao de Beatles e Rolling Stones. O grupo construiu sua fama com álbuns como “A quick one” (1966) e “Who’s next” (1971) e as inovadoras óperas-rock “Tommy” (1969) “Quadrophenia” (1973), além de apresentações incendiárias nos principais festivais da época — a banda era conhecida por destruir seus instrumentos no palco.


Certamente, um dos principais agentes da excepcionalidade do The Who foi a química que havia entre John, Pete, Keith e Roger. A energia que exalava, quando os quatro estavam juntos, era intensa, violenta, primitiva, sensual... Tanto que as suas apresentações, ao contrário das grandes bandas da época, não eram marcadas por solos egocêntricos ou exibições enfadonhas de virtuosismo. Mas sim por serem o que podemos chamar de experiências de catarse coletiva, que tinham como ponto alto a destruição dos instrumentos. Não é por acaso que Ron Asheton, guitarrista da icônica The Stooges, conta que foi num show do The Who que descobriu que o que queria fazer na vida era enlouquecer as pessoas com o rock.


Os álbuns da banda também transmitiam essa sensação de estarmos diante de uma “máquina veloz e furiosa”. Além do mais, cabe destacar que os mesmos são repletos de composições que marcaram época. É deles “My Generation”, hino rebelde tão importante quanto “(I can’t get no) Satisfaction”. A frase “hope i die before get old” é considerada uma síntese do que seria o espírito da rebeldia da época.. http://lounge.obviousmag.org/o_grito_mudo/2013/02/o-som-e-a-furia-do-the-who.html )

Da formação original, estão vivos o guitarrista e principal compositor, Pete Townshend, 68 anos, e o vocalista Roger Daltrey, 69. O baterista Keith Moon morreu de overdose em 1979, com apenas 32 anos. O baixista John Entwhistle, considerado um dos melhores da história do rock, morreu de infarto em junho de 2002, um dia antes do início da turnê americana do Who naquele ano. 


E vamos ao SOM!!!!



Magic Bus: The Who on Tour é uma coletânea musical da banda de rock britânica The Who, lançada nos Estados Unidos em setembro de 1968. O selo do grupo nos EUA, Decca, decidiu lançar o álbum após o sucesso do single "Magic Bus". Apesar da confusão implícita pelo título da coletânea ("The Who em turnê"), o álbum foi um sucesso, alcançando a 39° colocação nas paradas da Billboard.

Live at Leeds é o primeiro álbum ao vivo do The Who, o único a ser lançado enquanto a banda em sua formação original ainda estava na ativa, gravando e se apresentando regularmente. Este LP teve várias edições. Apresentamos aqui, duas: a primeira, que é meu vinil digitalizado e a última, uma versão de Luxo, mais completa... Eu ouvi tanto o vinil do Leeds, que sei até onde tem os riscos.


Quadrophenia é o sexto álbum de estúdio do The Who. Lançado em 19 de outubro de 1973, é uma das duas óperas rock em larga escala do grupo.1 2 O nome é uma modificação a partir de uma noção não-científica da esquizofrenia, aqui como uma doença de personalidade múltipla; o protagonista da ópera sofre de personalidade quádrupla, cada uma delas associadas a um integrante do The Who. O encarte do álbum traz as descrições:
Um cara durão, um dançarino incapaz. ("Helpless Dancer" - Roger Daltrey)
Um romântico, sou eu por um momento? ("Is It Me?" - John Entwistle)
Um maldito lunático, eu até mesmo carrego tuas malas. ("Bell Boy" - Keith Moon)
Um mendigo, um hipócrita, amor, reine sobre mim. ("Love Reign O'er Me" - Pete Townshend)
Além de descrever a personalidade de cada membro da banda, os quatro comentários referem-se às quatro músicas-tema que retratam o personagem Jimmy: “Helpless Dancer”, “Doctor Jimmy”, “Bell Boy”, e “Love Reign O’er Me”. Os quatro temas misturam-se na penúltima faixa do disco, uma elaborada peça instrumental chamada “The Rock”.



Who's Next é o quinto álbum de estúdio da banda The Who, lançado em 2 de agosto de 1971 nos Estados Unidos e em 25 de agosto de 1971 no Reino Unido. É considerado um dos melhores álbuns de estúdio da banda, entrando inclusive para a lista dos 200 álbuns definitivos no Rock and Roll Hall of Fame.



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Divirtam-se....


"No aniversário de 50 anos nós vamos fazer uma turnê mundial”, disse Townshend, no lançamento do documentário “Sensation”, sobre o álbum “Tommy”. “Será a última grande turnê para nós. Ainda há muitos lugares onde não nos apresentamos. Seria bom ir para a Europa oriental e outros lugares que não nos ouviram tocar os velhos hits.”




sábado, 22 de fevereiro de 2014

Simple Minds - Pop Rock


Simple Minds é uma banda de rock da Escócia, que atingiu sua maior popularidade de meados da década de 1980 até o início da década de 1990. Originários da zona sul de Glasgow, a banda produziu um punhado de álbuns aclamados pela crítica no início de sua carreira, e posteriormente engajando-se numa obra mais inspirada politicamente, que também conseguiu o sucesso de público. Entre os sucessos da banda destacou-se o single "Don't You (Forget About Me)", número um em diversos países, que fez parte da trilha sonora do filme de John Hughes, The Breakfast Club. Entre os membros que fundaram a banda, Jim Kerr (vocais) e Charlie Burchill (guitarra), juntamente com o baterista Mel Gaynor, formam o núcleo da banda, que atualmente conta com Mark Taylor/Andy Gillespie nos teclados e Eddie Duffy no baixo.


Charlie Burchill e Jim Kerr formaram uma banda de punk em 1977. Foram fortemente influenciados por Lou Reed, e após lançarem um single mal-sucedido com o nome de Johnny & the Self Abusers, mudaram a formação de modo a incluir dois antigos membros da banda Abusers, Brian McGee na bateria e Tony Donald no baixo, com o segundo vindo a ser substituído logo em seguida por Derek Forbes. Após recrutarem Mick MacNeil para ficar em cargo dos teclados e sintetizadores, adotaram o nome de Simple Minds ("mentes simples", em inglês), a partir do verso de uma canção de David Bowie, "The Jean Genie": "...so simple-minded, he can't drive his module." O álbum de estréia do Simple Minds, Life in a Day, foi influenciado por outros antecessores do pós-punk, como Magazine, e era derivado, de maneira um tanto consciente, do boom do punk ocorrido no fim da década de 1970, quando surgiram diversas bandas com um potencial de crossover com o chamado album-oriented rock (como The Cars). Neste contexto, Life in a Day representou exatamente o que a gravadora da banda, Arista, desejava promover.


Uma grande banda de Pop Rock, que teve seus altos baixos, mas está na ativa até hoje. Em 2012 os cinco primeiros albums da banda foram relançados em um Box Set intitulado 5 X 5 que além das versões remasterizadas dos discos originais contêm material bónus e raro de cada período. Foi muito bem recebido na critica musical britanica.

Palhinha:





Seguem alguns álbuns:



New Gold Dream é o sexto álbum de estúdio do Simple Minds, lançado em 1982. O álbum representou uma mudança significante para a banda. Com um som mais sofisticado, graças ao produtor Peter Walsh, o grupo logo foi categorizado como parte do subgrupo do new wave conhecido como New Romantic ("Novos Românticos"), juntamente com Duran Duran e outras bandas de sucesso na época. O disco produziu uma série de singles nas paradas de sucesso, entre eles "Promised You a Miracle" e "Glittering Prize", que atingiram o Top 20 do Reino Unido e o Top 10 da Austrália. Além disso, o tecladista de jazz Herbie Hancock executou um solo de sintetizador na faixa "Hunter and the Hunted."



Once Upon A Time é o oitavo álbum do Simple Minds, lançado em 1985. este foi o primeiro álbum que ouvi, na década de 80 e sempre quando ouço este álbum, tenho grandes recordações. Alive and Kicking é minha preferida...




Live in the City of Light is the first (double LP / CD) live album by Scottish rock band Simple Minds. It was released in May 1987 to document their successful worldwide Once Upon a Time tour, and charted at #1 in the UK. The album spawned one chart single release, a live version of 'Promised You A Miracle'. The album was recorded mostly at Le Zénith, Paris in August 1986, with one track recorded in October 1986 in Sydney, Australia. (Although the album wasn't recorded there, the inside of the gatefold sleeve features a photograph of a concert from the 1986 tour which took place in a square in Locarno, Switzerland). It features the band's 1986 touring lineup, which included second vocalist Robin Clark and percussionist Sue Hadjopoulos. On the recording of "Someone Somewhere in Summertime", Lisa Germano (at the time, a John Mellencamp band member) contributed studio-overdubbed violin on "Someone Somewhere in Summertime" and former Simple Minds member Derek Forbes contributed (uncredited) bass guitar overdubs.

terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

Atlantic Blues Collection (4 CDs Box)


Atlantic Blues era uma série de 4 álbuns duplos, com o que havia de mais influente no blues do pós-guerra, apesar da Atlantic não ser uma gravadora de Chicago como a Chess Records. Dividido de forma estilística (Piano, Vocal, Guitarra e Chicago), suas capas internas (em português, uma raridade) tinham mais informações sobre o estilo do que havia disponível na imprensa musical brasileira em 10 anos.
É bom que fique claro que não se trata de uma coletânea pra iniciar incautos, mais uma boa forma de juntar singles a muito tempo fora de catálogo, que muitas vezes eram a única produção fonográfica daquele artista. Há uma curiosidade engraçada sobre as versões em cd: todas tem músicas a menos, normalmente duas, pois os álbuns tinham um pouco mais de 80 minutos, que é o tamanho de um compact disc, o que fez com que os lp's originais se tornassem obrigatórios. É uma aula em cada faixa, dividida em 4 "módulos" de fino trato.
*Texto escrito por Nei Bahia do blog Clash City Rockers




Eu, na verdade, só tinha o Atlantic Blues Piano em vinilzão, que ouvi muito. Muita mais tarde, tive acesso a toda a coleção e, mesmo com todos nossos recuros de hoje, ainda considero rara no nosso universo musical. Consegui todos os álbuns em boa qualidade e disponibilizo para os amantes da música, e principalmente de Blues.











More Blues on Valvulado:

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

Antonio Carlos Jobim


Antônio "Tom" Carlos Brasileiro de Almeida Jobimnota  (Rio de Janeiro, 25 de janeiro de 1927 — Nova Iorque, 8 de dezembro de 1994), mais conhecido como Tom Jobim, foi um compositor, maestro, pianista, cantor, arranjador e violonista brasileiro. É considerado o maior expoente de todos os tempos da música brasileira pela revista Rolling Stone , e um dos criadores e uma das principais forças do movimento da bossa nova. Pensou em trabalhar como arquiteto, chegando a cursar o primeiro ano da faculdade e até a se empregar em um escritório, mas logo desistiu e decidiu ser pianista. Tocava em bares e boates em Copacabana, como no Beco das Garrafas no início dos anos 1950, até que em 1952 foi contratado como arranjador pela gravadora Continental, onde trabalhou com Sávio Silveira. Além dos arranjos, também tinha a função de transcrever para a pauta as melodias de compositores que não dominavam a escrita musical. Datam dessa época as primeiras composições, sendo a primeira gravada "Incerteza", uma parceria com Newton Mendonça, na voz de Mauricy Moura.Depois da Continental, foi para a Odeon. Entretanto, não tinha tanto tempo para se dedicar à composição, que lhe interessava mais. É nesse época que compõe alguns sambas, em parceria de Billy Blanco: Tereza da Praia, gravada por Lúcio Alves e Dick Farney pela Continental (1954), Solidão e a Sinfonia do Rio de Janeiro. Tereza da Praia o primeiro sucesso. Depois disso, ocorreram outras parcerias, como com a cantora e compositora Dolores Duran, na canção Se é por Falta de Adeus.


Em 1956, com 29 anos, Tom conheceu Vinícius de Moraes por acaso no bar Villarino, apresentado a ele por Lúcio Rangel, que sugeriu que Tom musicasse a peça Orfeu da Conceição do próprio Vinícius, que se tornou um de seus parceiros mais constantes. Dessa peça fez bastante sucesso a canção antológica Se Todos Fossem Iguais a Você, gravada diversas vezes. Tom Jobim fez parte do núcleo embrionário da bossa nova. O LP Canção do Amor Demais (1958), em parceria com Vinícius, e interpretações de Elizeth Cardoso, foi acompanhado pelo violão de um baiano até então desconhecido, João Gilberto. A orquestração é considerada um marco inaugural da bossa nova, pela originalidade das melodias e harmonias. Inclui, entre outras, Canção do Amor Demais, Chega de Saudade e Eu Não Existo sem Você. A consolidação da bossa nova como estilo musical veio logo em seguida com o 78 rotações Chega de Saudade, interpretado por João Gilberto, lançado em 1959, com arranjos e direção musical de Tom, selou os rumos que a música popular brasileira tomaria dali para frente. No mesmo ano foi a vez de Sílvia Telles gravar Amor de Gente Moça, um disco com doze canções de Tom, entre elas "Só em Teus Braços", "Dindi" (com Aloysio de Oliveira) e "A Felicidade" (com Vinícius).


Tom foi um dos destaques do Festival de Bossa Nova do Carnegie Hall, em Nova York em 1962. No ano seguinte compôs, com Vinícius, um dos maiores sucessos e possivelmente a canção brasileira mais executada no exterior: "Garota de Ipanema". Nos anos de 1962 e 1963 a quantidade de "clássicos" produzidos por Tom é impressionante: "Samba do Avião", "Só Danço Samba" (com Vinícius), "Ela é Carioca" (com Vinícius), "O Morro Não Tem Vez", "Inútil Paisagem" (com Aloysio), "Vivo Sonhando". Nos Estados Unidos gravou discos (o primeiro individual foi The Composer of Desafinado, Plays, de 1965), participou de espetáculos e fundou sua própria editora, a Corcovado Music.


O sucesso fora do Brasil o fez voltar aos EUA em 1967 para gravar com um dos grandes mitos americanos, Frank Sinatra. O disco Francis Albert Sinatra e Antônio Carlos Jobim, com arranjos de Claus Ogerman, incluiu versões em inglês das canções de Tom ("The Girl From Ipanema", "How Insensitive", "Dindi", "Quiet Night of Quiet Stars") e composições americanas, como "I Concentrate On You", de Cole Porter. No fim dos anos 1960, depois de lançar o disco Wave (com a faixa-título, Triste, Lamento entre outras instrumentais), participou de festivais no Brasil, conquistando o primeiro lugar no III Festival Internacional da Canção (Rede Globo), com Sabiá, parceria com Chico Buarque, interpretado por Cynara e Cybele, do Quarteto em Cy. Sabiá conquistou o júri, mas não o público, que vaiou ostensivamente a interpretação diante dos constrangidos compositores.


Aprofundando seus estudos musicais, adquirindo influências de compositores eruditos, principalmente Villa-Lobos e Debussy, Tom Jobim prosseguiu gravando e compondo músicas vocais e instrumentais de rara inspiração, juntando harmonias do jazz (Stone Flower) e elementos tipicamente brasileiros, fruto de suas pesquisas sobre a cultura brasileira. É o caso de "Matita Perê" e "Urubu", lançados na década de 1970, que marcam a aliança entre sua sofisticação harmônica e sua qualidade de letrista. São desses dois discos Águas de Março, Ana Luiza, Lígia, Correnteza, O Boto, Ângela. Também nessa época grava discos com outros artistas, como Elis e Tom, com Elis Regina, Miúcha e Tom Jobim e Edu e Tom, com Edu Lobo.

Algumas biografias foram publicadas, entre elas Antônio Carlos Jobim, um Homem Iluminado, de sua irmã Helena Jobim, Antônio Carlos Jobim - Uma Biografia, de Sérgio Cabral, e Tons sobre Tom, de Márcia Cezimbra, Tárik de Souza e Tessy Callado. Antônio Carlos Jobim era doutor «honoris causa» pela Universidade Nova de Lisboa / Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, por volta de 1991. O Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro foi renomeado Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro/Galeão - Antônio Carlos Jobim ' junto ao Congresso Nacional por uma comissão de notáveis, formada por Chico Buarque, Oscar Niemeyer, João Ubaldo Ribeiro, Antônio Cândido, Antônio Houaiss e Edu Lobo, criada e pessoalmente coordenada pelo crítico Ricardo Cravo Albin.


Tom Jobim, um marco na música brasileira. Um dos criadores da Bossa Nova, um poeta, um estudioso musical, um ícone. 

Seguem alguns álbuns que gosto muito e espero que não despertem a ira da Censura Cibernética....




Três músicas tem aqui suas gravações "oficiais" - mas já haviam sido gravadas antes para a trilha sonora do filme "The Adventurers" (Os aventureiros), também com arranjos de Eumir Deodato: "Children's games" e "Amparo" mais tarde receberam letras, e mudaram de nome para "Chovendo na Roseira" (letra de Tom) e "Olha Maria" (letra de Chico Buarque). "God and the devil in the land of the sun" também foi feita para o filme.




Entre março e maio de 1970, nos mesmos estúdios Van Gelder, Tom gravou dois LPs para o novo selo de Creed Taylor, CTI-A&R: Tide e Stone Flower. Salvo por uma sessão, especialmente reservada para Tide, em 16 de março, ambos foram gravados simultaneamente em 23, 24 e 29 de abril e 8, 20 e 22 de maio, com arranjos de Eumir Deodato e alguns brasileiros (Hermeto Pascoal, o baterista João Palma e os percussionistas Airto Moreira e Everaldo Ferreira) misturados aos instrumentistas americanos.



Para finalizar uma bela coletânea, com as principais músicas do Mestre.


"Esse generoso, espontâneo ser urbano-silvestre que é o maestro Jobim representa muita coisa mais do que uma sensibilidade pequeno-burguesa que modula crônicas de amor para consumo da classe média, a que logo adere uma suposta classe alta. É antes um criador musical que concentra o espírito do Brasil antigo, situando-o na atualidade sob condições novas. Estabelece uma continuidade emocional em formas tão cristalinas que sentimos, graças ao seu talento, a novidade dos estados permanentes de alegria, tristeza e cisma, vividos pela nossa gente, à margem de estilos e modas. Um Nazaré e um Tom dispensam colocação didática na história da música brasileira. E em Tom esse sentir brasileiro é também um sentir dos ventos, das ramagens, dos seixos, das vozes de passarinhos, que não são cariocas nem fluminenses, é a "geologia moral" do Brasil, que procuramos esquecer mas subsiste como explicação maior da gente."
 Tom Jobim, deputado eleito pelos sabiás, canários e curiós para falar, não aos povos da Zona Sul, mas a toda criatura capaz de ouvir e de entender pássaros, trazendo-nos uma interpretação melódica da vida. Isso que ele faz tão bem, cativando a todos. Ou a quase todos, pois seria vão esperar que os amantes do barulho erguido à categoria de música estimassem o antibarulho, o refinamento do som organizado em fonte de prazer estético e explicação do homem por si mesmo. O som de Tom, o som que uma fada (iara, sereia, camena?) lhe deu há 50 anos, presente das matas da Tijuca ao futuro morador do Leblon, ao mais despreocupado dos mestres, e por isso também o mestre que é mais agradável reverenciar.

Salve, Tom, em claro e meigo Tom! "

Carlos Drummond de Andrade