Há um mês atrás, vi na TV o Rock and Roll of Fame de 2014. E para minha surpresa, Peter Gabriel estava sendo indicado, A introdução feita por Chris Martin do Coldplay foi emocionante. Vejam abaixo:
Vídeo oficial ( http://youtu.be/2YKzdfQeP1M )
Vale a pena reproduzir aqui, o discurso sincero, emocionado e humilde deste monstro da música...
Texto original: http://ultimateclassicrock.com/peter-gabriel-hall-of-fame-speech/ (Larry Busacca, Getty Images) |
In his induction speech into the Rock and Roll Hall of Fame, Peter Gabriel displayed the humility and warmth that has made him one of the most universally loved rockers of his generation. The full transcription can be found below.
After an amusing speech by Chris Martin of Coldplay, Gabriel, who was inducted into the Hall in 2010 as a member of Genesis, took no credit for his success. His only reference to his musical ability was that, as a drummer he “was full of enthusiasm, but not a whole lot of talent. But I snuck in here anyway.” Instead, he said it was all the work of surrounding himself with the right people, from his fellow musicians — several of whom he mentioned by name — to the technical people and his business representatives.
"Chris has been working as a stand-up comic…Well, thank you so much for those kind words. It means a great deal that you’re doing this. Thank you. He’s a great songwriter.
I also wanted to acknowledge a much-appreciated, many-times nominated, but not-yet inducted musician that I had up onstage with me, Leo Nocentelli from the Meters. So I saved up all my pocket money to buy my first beaten-up old tom-tom — I think it was about £7, it cost me. And to hold this thing in my hands was the key to another world, and I had no idea then that it might lead me here. I never actually made it as a drummer. I was full of enthusiasm, but not a whole lot of talent. But I snuck in here anyway.
So I’m saying to all those people now at the start of that journey, that if you’re exploring making music and looking at us old-timers getting our decorations, I say two things: Dream big and let your imagination guide you, even if you end up dressing up as a flower or a sexually transmitted disease. They may think it’s a little strange. They may laugh at you, but just do it.
Secondly, surround yourself with brilliance — the brilliance of who you love being around and the brilliance of their talent. I’ve worked with so many amazing people through these years, and you can see from the musicians I have on the stage with me, I’m surrounded by great — and have always been — by great musicians, including some of the world’s greatest drummers which, as an aspiring drummer, has been a real thrill.
But particularly from the beginning of my solo work, a man who sadly couldn’t be here tonight but has been deputized by the legendary Pino Palladino, but Tony Levin. I wanted to mention. David Rhodes, who’s been with me in the album process for so long, too, on guitar. You’ve got the amazing Manu Katche and David Sancious here tonight…and we have a wonderful vocalist, Jennie Abrahamson, who’s been touring with me.
I also have had had the great fortune to work with extraordinary engineers and producers, because they can make you sound good, and they give you a good up-the-backside when you need it, and make sure they squeeze as much juice out of you as you can get. I’ve got an extraordinary, dedicated and loyal group of people who represent me and have worked with me for many years in the management team: agents and record company folk and all the many talented folk that it takes to put a tour together. We have had for years and years and extraordinary crew who will do anything to get our show up and running, and whatever it takes. So, to all those people, I definitely wouldn’t be here without all of you working hard, and I really appreciate it.
But, in the end, the core of what you are and where you are is where your heart is, and those who you love and those who love you. So I want to thank especially my dad for teaching me about the power of ideas, imagination and science; my mum, who taught me about music and compassion; my amazing kids, two of whom are here tonight — the other two are in the business of having a baby, it’s grandchildren for me — but they inspire me to make me very proud. And now I have two grandchildren, and most of all, the person who has to suffer most for the life that I’ve chosen, my incredible wife, Meabh, who’s given me an extraordinary life. I love you so much.
Watch out for music. It should come with a health warning. It can be dangerous. It can make you feel so alive, so connected to the people around you, and connected to what you really are inside. And it can make you think that the world should, and could, be a much better place. And just occasionally, it can make you very, very happy. Thank you so much. It means a great deal. Thank you."
Read More: The Full Text of Peter Gabriel's Rock and Roll Hall of Fame Speech | http://ultimateclassicrock.com/peter-gabriel-hall-of-fame-speech/?trackback=tsmclip
Para celebrar o Ano Novo, apresentamos nossa homenagem a Peter Gabriel, fundador do Genesis (em sua melhor fase), e um músico completo, sempre cercado do que há de mais inovador, experimentando a música de diversas formas.
Época no Genesis:
Peter Gabriel fundou o Genesis em 1967 juntamente com seus amigos Tony Banks, Anthony Phillips, Mike Rutherford e Chris Stewart, todos alunos da Charterhouse School, em Godalming, Inglaterra. O nome da banda foi sugerido por um aluno mais velho do colégio, Jonathan King, que àquela altura já era um reconhecido empresário de música pop. O primeiro álbum do quinteto chamou-se From Genesis to Revelation, de cujo título foi tirado o nome do grupo. Apaixonado pela soul music, Gabriel foi influenciado por diferentes artistas, incluindo Nina Simone, Gary Brooker do Procol Harum e Cat Stevens. Ele tocou flauta no álbum de Stevens Mona Bone Jakon, de 1970. No entanto, as maiores influências de Gabriel foram dois de seus contemporâneos: David Bowie e Syd Barrett, este líder do Pink Floyd, que estavam redefinindo a cena musical britânica no final dos anos 60 e início dos anos 70. O Genesis tornou-se rapidamente uma das bandas mais comentadas do país e, sem demora, conquistou fãs na Itália, Bélgica, Alemanha e em outros países da Europa. O apelo inicial da banda estava na presença de palco misteriosa de Gabriel, que se disfarçava com máscaras, maquiagens e trajes teatrais nos shows, representando personagens e símbolos das músicas. Outro recurso que Peter Gabriel usava ao vivo eram as histórias de suspense e humor que contava durante as pausas entre as músicas, enquanto os outros integrantes afinavam seus instrumentos. Nessa primeira fase do Genesis havia uso frequente de luz ultravioleta e bombas de fumaça no palco.
Entre as fantasias mais famosas de Gabriel (que ele desenvolveu como forma de superação do medo de palco), incluem "The Flower" ("Supper's Ready", de Foxtrot), "Magog" ("Supper's Ready"), "Britannia" ("Dancing With The Moonlit Knight," de Selling England by the Pound), "The Old Man" ("The Musical Box", de Nursery Cryme), "Rael" (The Lamb Lies Down on Broadway) e "The Slipperman" ("The Colony of Slippermen," também de The Lamb Lies Down on Broadway). O vocal de apoio para Gabriel era geralmente feito por Mike Rutherford, Tony Banks e Phil Collins, que após longa busca por um substituto, acabou tornando-se vocalista da banda após a saída de Gabriel em 1975.
A saída de Gabriel do Genesis resultou de diversos fatores. Após sete anos na banda, Peter sentia-se limitado criativamente, sua presença teatral nos shows causou atrito com os outros integrantes, pois a mídia exaltava suas bizarrices e reduzia Mike Rutherford, Tony Banks, Steve Hackett e Phil Collins a reles músicos de apoio do vocalista. As tensões aumentaram durante a gravação do ambicioso álbum conceitual duplo The Lamb Lies Down on Broadway e respectiva turnê, este sim um conceito criado por Gabriel, enquanto os outros integrantes se encarregaram das composições e arranjos. Por esse tempo, Gabriel foi contatado pelo diretor de cinema William Friedkin, de O Exorcista, que sondou a possibilidade de escrever um roteiro de filme com o líder do Genesis. Apesar de o projeto não ter saído do papel, a ausência de uma semana da banda desgastou muito a relação do quinteto. Sua saída foi acertada antes da turnê de The Lamb Lies Down on Broadway.
Outro ponto de tensão foi a gravidez problemática de Jill Moore, mulher de Gabriel. Os médicos não garantiram que Anna-Marie nasceria com vida e, diante disso, Peter Gabriel achou por bem ficar por mais tempo com sua família. Como isso significou que o vocalista não estaria disponível para ensaiar, gravar e fazer shows, ficou claro que a saída dele era a única solução. Os sentimentos envolvidos nesse doloroso processo inspiraram Gabriel a compor a canção "Solsbury Hill", que chegou à posição 70ª das 100 mais pedidas da Billboard, em 1978.
O começo da carreira solo:
Gabriel recusou-se a intitular seus quatro primeiro álbuns-solo (todos são chamados Peter Gabriel, diferindo somente na arte da capa), já que gostaria que as capas tivessem o mesmo impacto de uma edição especial da revista Time, que normalmente é composta apenas de uma foto e o nome da publicação; posteriormente, nos EUA, os quatros primeiros álbuns foram diferenciados através de numeração e da imagem frontal, na ordem I - Car, II - Scratch, III - Melt e IV - Security. Três deles foram produzidos entre 1976 e 1982 por Bob Ezrin. Gabriel trabalhou com o guitarrista Robert Fripp (do King Crimson) como produtor em seu segundo LP solo, de 1978. Esse álbum é tido como o mais obscuro e experimental por não ter produzido hits.
O terceiro álbum, lançado em 1980, trouxe a colaboração de Steve Lillywhite, que despontava com os primeiros álbuns do U2. É lembrado pelos compactos "Games Without Frontiers" e "Biko", que mostram o novo interesse de Gabriel pela world music (especialmente na percussão, no emprego da então nascente técnica do "gated drum", também chamada de "gated reverb", na qual, dentre outras características, não são usados os pratos da bateria), e pela esmerada produção, que fez uso extenso dos recursos de estúdio e processamentos de som. As sessões de gravação entre 1981 e 1982 com o produtor David Lord acabaram resultando no quarto LP, Security, cuja produção teve mais participação do cantor e letrista. Apesar do som peculiar e dos temas introspectivos (preferidos por Gabriel), o álbum foi bem sucedido e rendeu um sucesso, "Shock the Monkey", para o qual foi realizado um videoclipe inovador. Gabriel promoveu todos os seus álbuns com turnês, nas quais, cada vez mais percebia-se o emprego de recursos e conceitos originais, coreografias, tecnologia de ponta, e a redução do uso de maquiagens e da flauta que tanto o celebrizaram na época do Genesis. Para uma das turnês, toda sua banda raspou a cabeça. A turnê de 1982 e 1983 incluía uma sessão de abertura com David Bowie. Esse período foi resumido com o álbum ao vivo Plays Live.
Em outubro de 1982, Peter Gabriel se reuniu ao Genesis para um show exclusivo, chamado Six of the Best, no estádio Milton Keynes, na Inglaterra. A iniciativa partiu do empresário do Genesis, Tony Smith, ao saber que Gabriel estava à beira da falência devido ao seu patrocínio ao festival internacional de artes chamado "World of Music, Arts and Dance" (WOMAD). A situação era tão grave que Peter Gabriel foi jurado de morte por pessoas ligadas aos demais credores do festival. Assim, ele, Tony Banks, Mike Rutherford, Phil Collins, Steve Hackett, Daryl Stuermer e Chester Thompson se apresentaram juntos em 2 de outubro daquele ano e conseguiram a renda necessária para Gabriel normalizar sua situação, não ser assassinado, não perder sua gravadora e editora de música (Real World Records) e levar adiante sua carreira. O show foi apresentado por Jonathan King, o produtor do álbum de estreia do conjunto.
Peter Gabriel fundou o Genesis em 1967 juntamente com seus amigos Tony Banks, Anthony Phillips, Mike Rutherford e Chris Stewart, todos alunos da Charterhouse School, em Godalming, Inglaterra. O nome da banda foi sugerido por um aluno mais velho do colégio, Jonathan King, que àquela altura já era um reconhecido empresário de música pop. O primeiro álbum do quinteto chamou-se From Genesis to Revelation, de cujo título foi tirado o nome do grupo. Apaixonado pela soul music, Gabriel foi influenciado por diferentes artistas, incluindo Nina Simone, Gary Brooker do Procol Harum e Cat Stevens. Ele tocou flauta no álbum de Stevens Mona Bone Jakon, de 1970. No entanto, as maiores influências de Gabriel foram dois de seus contemporâneos: David Bowie e Syd Barrett, este líder do Pink Floyd, que estavam redefinindo a cena musical britânica no final dos anos 60 e início dos anos 70. O Genesis tornou-se rapidamente uma das bandas mais comentadas do país e, sem demora, conquistou fãs na Itália, Bélgica, Alemanha e em outros países da Europa. O apelo inicial da banda estava na presença de palco misteriosa de Gabriel, que se disfarçava com máscaras, maquiagens e trajes teatrais nos shows, representando personagens e símbolos das músicas. Outro recurso que Peter Gabriel usava ao vivo eram as histórias de suspense e humor que contava durante as pausas entre as músicas, enquanto os outros integrantes afinavam seus instrumentos. Nessa primeira fase do Genesis havia uso frequente de luz ultravioleta e bombas de fumaça no palco.
Entre as fantasias mais famosas de Gabriel (que ele desenvolveu como forma de superação do medo de palco), incluem "The Flower" ("Supper's Ready", de Foxtrot), "Magog" ("Supper's Ready"), "Britannia" ("Dancing With The Moonlit Knight," de Selling England by the Pound), "The Old Man" ("The Musical Box", de Nursery Cryme), "Rael" (The Lamb Lies Down on Broadway) e "The Slipperman" ("The Colony of Slippermen," também de The Lamb Lies Down on Broadway). O vocal de apoio para Gabriel era geralmente feito por Mike Rutherford, Tony Banks e Phil Collins, que após longa busca por um substituto, acabou tornando-se vocalista da banda após a saída de Gabriel em 1975.
Palhinhas:
Alguns álbuns para relembrar esta fase do Genesis:
O começo da carreira solo:
Gabriel recusou-se a intitular seus quatro primeiro álbuns-solo (todos são chamados Peter Gabriel, diferindo somente na arte da capa), já que gostaria que as capas tivessem o mesmo impacto de uma edição especial da revista Time, que normalmente é composta apenas de uma foto e o nome da publicação; posteriormente, nos EUA, os quatros primeiros álbuns foram diferenciados através de numeração e da imagem frontal, na ordem I - Car, II - Scratch, III - Melt e IV - Security. Três deles foram produzidos entre 1976 e 1982 por Bob Ezrin. Gabriel trabalhou com o guitarrista Robert Fripp (do King Crimson) como produtor em seu segundo LP solo, de 1978. Esse álbum é tido como o mais obscuro e experimental por não ter produzido hits.
Em outubro de 1982, Peter Gabriel se reuniu ao Genesis para um show exclusivo, chamado Six of the Best, no estádio Milton Keynes, na Inglaterra. A iniciativa partiu do empresário do Genesis, Tony Smith, ao saber que Gabriel estava à beira da falência devido ao seu patrocínio ao festival internacional de artes chamado "World of Music, Arts and Dance" (WOMAD). A situação era tão grave que Peter Gabriel foi jurado de morte por pessoas ligadas aos demais credores do festival. Assim, ele, Tony Banks, Mike Rutherford, Phil Collins, Steve Hackett, Daryl Stuermer e Chester Thompson se apresentaram juntos em 2 de outubro daquele ano e conseguiram a renda necessária para Gabriel normalizar sua situação, não ser assassinado, não perder sua gravadora e editora de música (Real World Records) e levar adiante sua carreira. O show foi apresentado por Jonathan King, o produtor do álbum de estreia do conjunto.
Palhinhas:
E seguem alguns álbuns desta fase:
Apesar de sucesso comercial e de crítica com os álbuns anteriores, sua maior popularidade foi obtida em 1986 com So. As canções "Sledgehammer", "Big Time" e "In Your Eyes" estouraram nas paradas de sucesso de vários países do mundo. O álbum foi co-produzido por Daniel Lanois, já então reconhecido por seu trabalho no U2. A canção "Sledgehammer" foi acompanhada por um videoclipe inovador, que ganhou diversos prêmios no MTV Music Video Awards de 1987, e estabeleceu um novo padrão para vídeos de música, tendo sido decisiva sua influência no surgimento da chamada "indústria do videoclipe". O mesmo aconteceu com "Big Time", cujo clipe usa animação e diversos efeitos especiais. "Sledgehammer" também apareceu na trilha internacional da novela Roda de Fogo, do Brasil, em 1986. Nessa época, Peter se envolveu fortemente com as causas da Anistia Internacional.
Palhinhas:
E, claro, seguem alguns álbuns:
Esta é a homenagem do Valvulado a este Master do Rock Progressivo & World Music. Um gênio, que influenciou várias gerações de músicos, deixando um legado musical monstruoso... Salve Peter Gabriel!!!!
HAPPY NEW YEAR
FELIZ 2015