domingo, 6 de maio de 2018

Alafia - Samba Funk (Brazil)


Aláfia por Serena Assumpção:
Batuque de umbigada, ensaio de escola de samba, jongo e baile Black podem ser as primeiras referências da memória. Uma banda de gente revivendo nos corpos que dançam, cantam e tocam, as muitas histórias do espírito da Terra.
Na especificidade, no entanto, Aláfia cria uma performance que perpassa a inteligência do canto e da harmonia, do lirismo poético e exemplar concepção de arranjos – todos influenciados pela música preta de todo o planeta – já que a antiga relação África Brasil, tendo como contraponto os EUA, é constantemente revisitada dentro de um tempo onde não mais os carros de bois e negreiros nos movimentam e sim a banda larga.
A exemplo dos cultos ancestrais de tradição oral, em que o fundamental é o repasse do conhecimento mítico, Aláfia vem desenvolvendo linguagem absolutamente particular utilizando-se não apenas das conhecidas e pertinentes estruturas musicais de todos os tempos, mas também inserindo novas e por vezes inusitadas pitadas de diversas expressões artísticas.
Considera-se fator fundamental para o ineditismo que se instaura em cada apresentação da banda, essa aliança entre os contextuais elementos da música tradicional e a “musica contemporânea”, buscando convivência plena entre o novo e o antigo bem como alternâncias entre a rítmica das palavras e o próprio canto, um importante elemento de percussão melódica.
Composta por baixo elétrico, bateria, percussão, metais, guitarra, violões e voz, Aláfia busca a atenta, espontânea e progressiva ocupação de uma sonoridade que identifique-se como atemporal.
O revezamento entre batidas silenciosas e grooves efusivos, spokenword e arranjos elaborados constantemente ao longo dos ensaios e shows faz com que a banda crie-se e renove-se a cada canção.
Em fase de pré-produção de seu primeiro disco que será gravado ao vivo, Aláfia pretende manter a idéia principal do processo de criação: a junção da Black music com música tradicional , a imagem e a presença do MC, os vocais à frente e constante inspiração no jazz.
O batuque acaba nunca.


O Grupo:
Jairo Pereira – voz 
Eduardo Brechó – voz e guitarra 
Xênia França – voz
Lucas Cirillo – gaita 
Filipe Gomes – bateria 
Alysson Bruno – percussão
Gabriel Catanzaro – baixo
Pipo Pegoraro – guitarra
Gil Duarte – trombone
Fernando TRZ – teclados





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