domingo, 14 de junho de 2015

Marillion - 36 Years on the Road


Marillion é uma banda de rock progressivo formada em 1979. Eles são os expoentes mais populares do sub-gênero conhecido como neo-progressivo. A banda foi formada como Silmarillion, inspirada no livro de mesmo nome de J.R.R. Tolkien. Depois de uma alta rotatividade de integrantes nos primeiros anos, Steve Rothery foi o único membro original a permanecer. O nome do grupo foi encurtado depois de uma ameaça de processo feita pela família de Tolkien em 1980.1 O grupo lança seu primeiro compacto em 1982, "Market Square Heroes". Depois do sucesso alcançado, eles lançam seu primeiro álbum em 1983. Até os dias de hoje, já emplacaram 23 hits no UK Singles Chart e, até o ano 2000, já haviam vendido cerca de 14 milhões de álbuns em todo o mundo. Para falar desta banda, vamos dividir o Marillion em duas fases:

1 - A Era Fish:


A banda foi formada em 1979, originalmente como Silmarillion, uma referência ao livro de J.R.R. Tolkien Silmarillion. O nome foi encurtado em 1980 após ameaças de ações legais contra a propriedade intelectual do nome criado por Tolkien. Os primeiro trabalhos do Marillion continham as letras poéticas e introspectivas de Fish, moldados com arranjos musicais complexos e sutis, refletindo as influências claras da banda com o rock progressivo, especialmente de bandas como Pink Floyd, Genesis, Van der Graaf Generator, Rush (principalmente na fase dos anos 1970) e Yes. Lançaram seu primeiro single em 1982, Market Square Heroes no lado A, e que continha o épico Grendel, de 17min., no lado B. 


Em 1983 a banda lançou seu primeiro álbum, Script for a Jester's Tear. Apesar do clima sombrio do disco em si, o álbum surpreende pelos instrumentais bem trabalhados e pela intensidade de sua concepção musical. Para os fãs de rock progressivo mais aficionados, este foi o melhor álbum. A crítica o considera uma referência para todo o gênero progressivo. O segundo álbum, Fugazi (1984), foi construído sobre o sucesso do primeiro álbum e com uma nítida influência de música eletrônica. Lançaram então em novembro de 1984 seu primeiro álbum ao vivo, Real to Reel. O terceiro álbum Misplaced Childhood, de 1985, foi o mais bem sucedido comercialmente da banda. O álbum Clutching at Straws (1987) reforçou o apelo mais melódico dos dois discos predecessores e lidou com temas como o excesso, alcoolismo e a vida na estrada, representando a rotina da banda em suas turnês, o que também acabou resultando na saída de Fish da banda, partindo este para a carreira solo. A perda do líder deixou uma grande marca na banda e a projetou para uma sensível mudança de direcionamento e estilo musicais. Após batalhas legais, o contato entre Fish e os outros quatro membros do Marillion não foi refeito até 1999. Apesar de atualmente estarem em relações cordiais, ambas as partes deixaram claro a impossibilidade em uma reunião da banda nos termos anteriores a 1988.



E alguns álbuns desta primeira fase:




































2 - A Era Hoggart:

Após a divisão, a banda realizou turnê com Steve Hogarth, ex-tecladista e vocalista do The Europeans, preenchendo o lugar de Fish. Hogarth estava em situação complicada, pois a banda já havia gravado alguns demos para o próximo álbum, que se tornaria Seasons End, com Fish nos vocais e suas letras. Hogarth teve que recriar as letras para as canções já existentes juntamente com o autor John Helmer. A turnê mundial de lançamento do álbum "Seasons End" presenteou os brasileiros com uma grande apresentação da banda na segunda edição do Hollywood Rock, em janeiro de 1990, com shows no Rio de Janeiro e em São Paulo. A expectativa era grande, já que a mudança nos vocais da banda tinha sido recente. Mas, Hogarth não decepcionou e foi uma atração a parte. Na música "Incommunicado", por exemplo, a banda adaptou a mesma para que tivesse dois solos de guitarra. No primeiro, o vocalista desligou o microfone sem fio, colocou-o no bolso, e subiu os andaimes de sustentação do palco e, lá de cima, sob os olhares assustados do público e da produção, continuou a interpretação da música. Ele repetiu o procedimento, durante o segundo solo, e quando chegou ao palco, encerrou a música aos gritos de aclamação do público brasileiro. Enquanto isso, os demais membros da banda tocaram seus instrumentos, como se nada tivesse acontecido.


O segundo álbum de Hogarth com a banda, Holidays in Eden, foi o primeiro que ele escreveu em parceria com a banda, e inclui a canção Dry Land, que Hogarth já havia escrito e gravado em projeto anterior com a banda How We Live. Holidays In Eden é considerado por muitos como o álbum mais comercial do Marillion, contendo muitas faixas adequadas ao formato de rádio. Entretanto, seu sucessor foi Brave, um extenso e bem amarrado álbum conceitual que exigiu da banda dezoito meses para ser lançado. Ele também marca o início do relacionamento do Marillion com o produtor musical Dave Meegan. Um filme independente baseado no álbum, que contava com a presença da banda, também foi lançado. Enquanto aclamado pela crítica, não obteve sucesso comercial, mas é atualmente considerado um dos melhores álbuns de rock progresivo lançado nos anos 1990. Com Steve Hoggarth, o Marillion segue uma carreira de muito sucesso, com uma legião de fãs, que sempre suportaram a banda, quando necessário. 




Alguns álbuns:


























Peter's Gift
"This is a 3-CD set of material taken from the writing sessions for Marbles. The material was recorded in stereo only, onto DAT tape format. The sound quality varies from track to track, as all these recordings were made solely as a reference for ourselves to use throughout the writing sessions - they were made "for our ears only." We had no control over the balance of the instruments once recorded, so if some tracks seem excessively noisy, the balance of the instruments is a bit strange, or you hear some odd pops or clicks, it's not a faulty CD! Please keep this in mind when listening." (http://www.marillion.com/shop/albums/makingofmarbles.htm)



Um comentário:

  1. Marillion.....................foi o primeiro grupo que conseguiu preencher (para mim) um Genesis órfão
    e perdido...sem Peter Gabriel...praticamente 5 anos, andei perdido, apenas remoendo meus antigos e consagrados progs....a cada novo álbum que o GENESIS - agora sem Peter Gabriel - lançava, a decepção era MAIOR.....Wind & Wuthering, ..And Then There Were Three..., Duke, Abacab e o golpe de misericórdia WE CAN'T DANCE.....

    Então aparece MARILLION.....e toda a tristeza ficou para trás....letras imecáveis...instrumentação competente, a voz.............que entonação........FISH.ajudou-me a exorcizar meus mais secretos dilemas.....

    Ave MARILLION, GENESIS morituri te salutant

    Peter Hammill - SP

    PS: para os "amantes" do MAreillion sem FISH, encontrei este album recheado de takes e ensaios novinho, novinho.... Marillion - 2015 - Glass Half Full Making Of Marbles - link está acima....

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