A música brasileira sofreu uma série de influências da música americana e européia. Nossos músicos, através da famosa versatilidade, talento, e diversidade cultural, sempre buscaram novos sons, adaptaram ritmos e fizeram uma mistura com as fortes influências do Jazz, Rock, Funk & Soul. Tivemos várias bandas na década de 70 que se tornaram ícones, sendo resultado de influências diretas dos Pioneiros Jorge Ben, Wilson Simonal e do glorioso Tim Maia (entre muitos outros). Gil e Caetano trouxeram a guitarra elétrica, e o Brasil do samba, da bossa nova e das toadas, adaptou um distortion Overdrive no cavaquinho, eletrizou as cuícas, criando uma nova geração de músicos e músicas.
Vários músicos e bandas se envolveram em projetos experimentais desta fusão de sons e ritmos, deixando alguns álbuns que valem a pena ter em nossa coleção... Divirtam-se.
Este é o terceiro e o último disco da Gang 90 e passou desapercebido pela maioria das pessoas. Embora sem Júlio Barroso, eu acho este disco o melhor. A música Cara Pálida tem uma letra bacana e curti muito este som quando o descobri. Para quem conhece a Gang 90 pelos hits "Perdidos na Selva" e "Nosso Estranho Amor" vai ter uma surpresa. Este trabalho é bem diferente, com guitarras e batidas mais pesadas, letras mais trabalhadas... Confiram.
Apesar de duas canções antigas de Júlio - "Junk Favela" e "Visão Noturna", Taciana assina boa parte das composições (do Pedra 90), sendo um delas com o marido Edgard Scandurra ("Coração de alguém"), guitarrsta do Ira! Anos depois, o Ira! regravaria o clássico "Telefone", no disco Isso É Amor.
Depois do absoluto fiasco comercial e de crítica, o grupo encerrou as atividades e cada um seguiu sua vida.
A new-wave caiu de pára-quedas no Brasil no comecinho dos anos 80 quando uma banda batizada de Gang 90 e As Absurdettes participou do festival Festival MPB Shell com a música "Convite ao Prazer". O Brasil descobria então a face colorida e divertida dos novos grupos. Liderados pelo jornalista, poeta e músico Júlio Barroso, o grupo lançou apenas três LPs, sendo apenas o primeiro com seu líder, que morreu de forma estúpida, em 1984, ao cair da janela de um prédio.
Em tempos de ditadura, o humor e a alegria eram artigos raros, embora indispensáveis. E coube ao grupo carioca Gang 90 e As Absurdettes descontrair um pouco o panorama do quase inexistente rock brasileiro. Isso, diga-se de passagem, antes da Blitz assaltar as paradas com sua "batata frita".
O grupo era liderado por Júlio Barroso, uma espécie de faz-tudo em termos cultural: jornalista, DJ, poeta, amante da literatura beatnick. Júlio teve a brilhante idéia de inscrever um grupo pop em um prêmio de MPB, o Festival MPB Shell. Não venceram, mas a performance da banda de "Convite ao Prazer" foi memorável.
A banda já havia feito sua estréia, meses antes, na discoteca a Paulicéia Desvairada, com ótima aceitação. A Gang 90 e As Absurdettes tinham um forte apelo visual, principalmente por causa das presenças das musas May East, Alice Pink Pank e Lonita Renaux.
Júlio Barroso havia tomado contato com a cena new wave quando morou em Nova York, por volta de 1980. O visual alegre, as letras debochadas e descartáveis e o excesso de caras e bocas e coloridos fez a cabeça do leitor apaixonado de Jack Kerouac.
O grupo acabou emplacando o hit "Perdidos na Selva" e acabou sendo convidado para produzir um LP próprio. Com uma penca de amigos participando do projeto - Guilherme Arantes, Wander Taffo, Gigante Brazil - lançaram o histórico disco Essa Tal de Gang 90 e As Absurdettes, um dos mais importantes registros new-wave do Brasil.
O hit Cara Pálida foi considerado tão bom que mereceu um EP com versão extendida...
Cara Pálida
Gang 90
Eu queria ser um índio
Eu queria ser um índio
De arco e flecha pela floresta
De arco e flecha pela floresta
Mais um, mais um
Cara pálida
Mais um, mais um
Cara pálida
Nesta cidade alucinada
Nesta cidade alucinada
Nesta cidade
Nesta cidade
Sou mais um nessa cidade
Nessa cidade eu sou mais um
Mais um entrando pelo cano
Comendo hambúrguer e passando mal
Sou mais um cara pálida
Sobrevivente profissional
Sou mais ficando branco
No bang bang
Na hora do rush, engarrafado
Perdendo a calma, atrasado
Corpo fechado, alma penada
Sou mais um falando com as paredes
Discutindo com a televisão
Skowa e a Máfia é uma banda brasileira de funk e soul, formada em 1987 em São Paulo.
O grupo foi idealizado pelo músico e cantor Skowa em 1987. Dois anos depois, gravou seu primeiro disco, intitulado La Famiglia, que projetou nacionalmente a banda através do hit "Atropelamento e Fuga". Ainda em 1989, a banda foi eleita pela APCA (Associação Paulista de Críticos de Arte) como Revelação da Música Brasileira.
Em 1990, o grupo lançou seu segundo álbum: Contraste e Movimento. No ano seguinte, a banda encerrou as atividades e Skowa seguiu em carreira solo.
Em 2006, o grupo retornou à ativa, apresentando-se no festival Virada Cultural e, desde então, realiza shows com freqüência na capital paulista.
Banda importante da música alternativa paulista da década de 80. Muito antes de seu famoso projeto funky, Skowa já estava envolvido com música. Foi inspirado em Hendrix, que em 1970 montou sua primeira banda, na qual tocava violão e cantava. Com a descoberta de outros ritmos, principalmente o chorinho e a salsa, desde o início dos anos 80, misturou sons e estabeleceu-se na vanguarda da música paulista. Antes de montar sua Máfia, o músico tocou na grupo Sossega Leão, ao lado de outros grandes nomes da música paulista, como Guga Stroeter, Chico Guedes e o ex-Titã Nando Reis.
Em 1987, a banda Gueto fez bastante sucesso com seu primeiro disco, “Estação Primeira”, que foi muito elogiado pela crítica. A banda misturava em seu som influências que iam do rock ao hip hop, passando por samba, funk e até baião! Formada por Márcio, Júlio César, Marcola e Edson-X, o Gueto teve até um videoclipe que passava direto na TV de sua música “G.U.E.T.O.”.
Parabéns pelo blog. Já está linkado ao Progrockvintage.
ResponderExcluirUm abraço.
Já adicionei o Valvulados lá no Discófilos Anônimos. Um abraço.
ResponderExcluir