King Crimson, foi talvez a mais vanguardista das bandas inglesas de rock progressivo entre as que conseguiram sucesso e notoriedade. Surgiu das cinzas do trio Giles, Giles Fripp em 1969 e fez sua estréia nos palcos em julho daquele ano, abrindo nada menos o concerto dos Rolling Stones no Hyde Park em homenagem ao guitarrista Brian Jones, morto um mês antes. A banda com um nome pomposo, King Crimson, em sua primeira formação tinha nada memos que Greg Lake baixos e vocais, Ian McDonald (sopros, mellotron, teclados, vocais de apoio) Peter Sinfield (letras e iluminação), além do metódico Robert Fripp (guitarras) e Michael Giles (bateria, percussão, vocais de apoio). Liderado pelo guitarrista Robert Fripp - gênio, genioso e completamente maluco, o impacto do surgimento da banda foi o mesmo causado pelo Pink Floyd com suas perfomances fantásticas entre 1966 e 1967.
Os dois primeiros álbuns, “In the Court of the Crimson King” (1969) e “In the Wake of Poseidon” (1970) foram elogiados pela crítica, mas não tiveram boa resposta do público. Foi a deixa para que Greg Lake saísse da banda, já que não suportava mais a liderança lunática, autoritária e esquizofrênica de Fripp.
Pesquisando a história do King Crimson, percebe-se que há várias menções sobre o gênio forte de Robert Fripp, ocasionando várias formações e hiatos, porém, produzindo álbuns experimentais e inovadores, com formações diferenciadas de músicos extremamente talentosos ( Adrian Belew,
Tony Levin, Pat Mastelotto, Gavin Harrison,
Greg Lake, Peter Giles, Gordon Haskell, Boz Burrell,
John Wetton, Trey Gunn, Michael Giles, Andy McCulloch, Ian Wallace, Jamie Muir,
Bill Bruford,
Peter Sinfield, Richard Palmer-James, Ian McDonald, Mel Collins, David Cross, Keith Tippett, Mark Charig, Robin Miller, Nick Evans,
Jon Anderson)... Acho que estão todos aí.
Apesar da excentricidade de seu principal integrante, King Crimson é considerada uma banda influente, e tem sua lugar na história do Rock Progressivo. Algumas curiosidades encontradas na Internet:
1 - Steve Harris, baixista e principal compositor do Iron Maiden, mencionou que seu trabalho têm influência do King Crimson.
2 - O King Crimson é uma das maiores influências do já falecido guitarrista (da banda canadense de Metal Voivod) Dennis "Piggy" D'Amour".
3 - O nome da banda: King Crimson (O Rei Escarlate), representa o Sol, como é mostrado no disco In the Court of the Crimson King. Com o tempo também foram feitas outras referências como na capa do disco Larks' Tongues in Aspic, entre outras.
4 - Em sua segunda formação, o King Crimson mostrou algo em comum com o nascimento do heavy metal. A guitarra de Fripp tocava mais alto e mais agressivamente, juntamente com uma bateria mais propulsiva de Bruford e uma baixo mais poderoso de Wetton.
5 - No início da década de 80, Fripp iniciou um projeto com Bill Brufford, Tony Levin e Adrian Belew, intitulado Discipline. Esta versão dos Crimson criou alguma semelhança com a new wave, talvez devido ao envolvimento de Belew com os Talking Heads, considerados por muitos como os pais do gênero.
Aponcho Rock fez um post muito interessante sobre esta época.
Vamos inciar nossa audição com uma coletânea:
1. 21st century schizoid man (7:20)
2. Epitaph (8:45)
3. In the court of the Crimson King (7:19)
4. Cat food (edit) (2:45)
5. Ladies of the road (5:30)
6. Starless (abridged) (4:36)
7. Red (6:16)
8. Fallen angel (6:00)
9. Elephant talk (4:41)
10. Frame by frame (5:07)
11. Matte Kudasai (3:45)
12. Heartbeat (3:53)
13. Three of a perfect pair (4:11)
14. Slepless (remixed) (5:22)
O primeiro álbum:
Disco de estréia da banda. A primeira faixa, "21st Century Schizoid Man", é provavelmente a mais conhecida da banda, contando com vocais distorcidos e uma sonoridade veloz e agressiva por parte da guitarra e do saxofone. O clima muda abruptamente com uma faixa suavemente melódica chamada "I Talk to the Wind". "Moonchild" é uma música psicodélica éterea, que é encerrada com uma improvisação delicada e calma. Tanto "Epitaph" quanto a faixa-título, "In the Court of the Crimson King", apresentam orquestrações com mellotron. Tudo nesse álbum foi considerado inovador (até a capa)...
E também o segundo:
In the Wake of Poseidon é o segundo álbum de estúdio da banda de rock progressivo King Crimson, lançado em 1970. Quando do lançamento do álbum, a banda já havia passado por sua primeira mudança de formação. Ainda assim, "In the Wake of Poseidon" guarda muitas semelhanças com o primeiro álbum da banda, "In the Court of the Crimson King". "In the Wake of Poseidon" foi bem recebido por público e crítica, mas foi criticado por parecer demais com o primeiro álbum da banda, tanto em estilo como em conteúdo. Com o álbum à venda, os membros remanescentes Robert Fripp e Peter Sinfield, estiveram na incômoda posição de ter material para divulgar sem ter uma banda para apresentá-lo ao vivo. Fripp convenceu Gordon Haskell a juntar-se definitivamente ao grupo, na posição de vocalista e baixista, e recrutou o baterista Andy McCulloch.
B'Boom: Live in Argentina é um álbum ao vivo (bootleg - 2 CDs) lançado em 1995. Todas as faixas foram gravadas entre 6 e 16 de Outubro de 1994, no Broadway em Buenos Aires, Argentina, exceto a faixa "Heartbeat" , gravada em Córdoba. Esta foi a primeira performance ao vivo em dez anos...
Disc one
"VROOOM" – 7:07
"Frame by Frame" (Belew, Bruford, Fripp, Levin) – 5:28
"Sex Sleep Eat Drink Dream"
"Red" (Fripp) – 4:58
"One Time" – 5:45
"B'Boom" – 6:54
"THRAK" – 6:29
"Improv - Two Sticks" (Gunn, Levin) – 1:26
"Elephant Talk" (Belew, Bruford, Fripp, Levin) – 4:25
"Indiscipline" (Belew, Bruford, Fripp, Levin) – 7:38
Disc two
"VROOOM VROOOM" – 6:18
"Matte Kudasai" (Belew, Bruford, Fripp, Levin) – 3:43
"The Talking Drum" (Bruford, David Cross, Fripp, Jamie Muir, John Wetton) – 5:52
"Larks' Tongues in Aspic (Part II)" (Fripp) – 7:31
"Heartbeat" (Belew, Bruford, Fripp, Levin) – 5:02
"Sleepless" (Belew, Bruford, Fripp, Levin) – 6:11
"People" – 5:51
"B'Boom" (reprise) – 4:26
"THRAK" – 5:33
Robert Fripp - guitar
Adrian Belew - guitar, vocals
Tony Levin - bass guitar, Ned Steinberger upright bass, vocals
Trey Gunn - Chapman stick, vocals
Bill Bruford - drums, percussion
Putz lá vem mais polêmica e agressões!
ResponderExcluirParabéns e boa sorte!
E aí, Robert. Obrigado.
ResponderExcluirKC sempre foi Robert Fripp, o resto são meros coadjuvantes.
ResponderExcluirAmo-te Fripp!!!
Carlos
A quantidade de comentários neste post é proporcional à qualidade musical e carisma de robert fripp
ResponderExcluirA cor do som já está ganhando disparado...salve armandinho.
Dodô
Ai Turma do Valvulado!
ResponderExcluirGracias por la mención, debo decir que este post es excelente, así como todos los anteriores.
Saludos!
Valvulado, como lo dijiste, son absolutamente complementarios.
ResponderExcluirSaludos!
Grande Aponcho, obrigado por comparecer... Precisamos fazer mais posts complementares... Um grande abraço Hermano
ResponderExcluirGrande post. Informações muito legais e o link com o Aponcho o complementou. Não sabia que o Fripp era tão excêntrico e mal amado. Mas quase todos os gênios são assim. Isto explica o fato de terem tão poucos álbuns ao vivo. Para tocar ao vivo tem que ter química, performance, e o Fripp parceia ser meio brochante, com seu banquinho bossa nova. Mas o som do KC é fenomenal. Começo a entender o Sr. Anc pelo FORA FRIPP (kkk). Valvulados, obrigado por mais esta pérola e por indicarem o Aponcho Rock (já está em meus favoritos).
ResponderExcluirB.
Hello good people!
ResponderExcluirHow are you?
Well, I beg to you respect Robert Fripp. He's a genious. Fripp is just a quiet man. He's a humble man. He's a good man. He's a simple man.
Fripp is my friend. I play with him. He's my brother.
Fripp is not thief. He's a honest man.
Two best: Vandeergraaf Generator and King Crimsom, cause me and Robert Fripp, respectively
Peace and love!
God bless you!
Cheers!
Peter Hammill
Amigos Valvulados,
ResponderExcluirEm relação ao King Crimson, sou obrigado a confessar que só conheço o primeiro álbum que é simplesmente de arrasar, um dos melhores do gênero, senão o melhor......
Se o Robert Fripp é um chato de galochas ou não como muito dizem ser, eu realmente não sei, mas o que sei é que ainda está para nascer algo parecido com o álbum "In the Court of the Crimson King".....
Este álbum inicialmente atrai pela intrigante capa e seu belíssimo encarte com as letras que tinha no LP e que quando associadas a música provocavam uma verdadeira viagem........ muito bom mesmo.
Faço questão de mais uma vez parabenizar a todos da Tropa de Elite do VALVULADO, pelo inestimável trabalho cultural que estão desenvolvendo, sem duvidas alguma um incentivo ao culto da boa música, feito com textos inteligentes e muito bem escritos, bem como ilustrados com fotos de época históricas ......... PARABÉNS!!!!
Um forte abraços a todos,
Gustavo
Valeu Gustavo, mais uma vez...
ResponderExcluirValeu Breu por mais um grande post! Os 2 primeiros albuns eh o q eu realmente curto do Crimson,muito mais do q os outros q tambem curto algo,mas nao na mesma intensidade.Esse primeiro foi um dos debuts mais fodasticos do rock,obra prima incontestavel,discasso!E ca entre nos,esse disco me remete a recordacoes profundamente lisergicas do inicio dos 80's,o chato eh q nao tinha cd naquela epoca,eu tinha de levantar do chao pra trocar o lado,hehe.
ResponderExcluirBom dia, pessoal...
ResponderExcluirCreio que o processo de "pacificação" seria esplendidamente
bem sucedido, com uma postagem "especial", tendo como tema,
a obra de um sensacional músico, cujas GRANDES composições,
sempre tem como inspiração a CALMA e o AMOR,,, quem?
Claro que o primeiro e único ANTHONY PHILLIPS!!!
Se precisarem de ajuda em informações e links, estou a disposição,
pois orgulhosamente, possuo a obra completa deste mestre.
Site oficial com TODAS as informações:
http://www.anthonyphillips.co.uk/
"É uma infelicidade da época, que os doidos guiem os cegos."
William Shakespeare
Bom dia....
ResponderExcluirAcho que o melhor "pacificador" seria neste momento ANTHONY PHILLIPS.
Excepcional instrumentista, desnecessário dizer algo.
Composições que nos levam a um estado de êxtase...
Site Oficial:
http://www.anthonyphillips.co.uk/
Se precisarem de alguma ajuda, tenho todos os álbuns deste mestre.
É uma infelicidade da época, que os doidos guiem os cegos.
William Shakespeare
Grande idéia William. Será feito, e muito obrigado pelos comments... Uma também do Woodstock viria a calhar nestes momentos agitados.
ResponderExcluirGracias y Saludos
William, se quiser fazer o post, faça-o e me envie por email: somvalvulado@gmail.com . será muito bem vindo ou benvindo. Obrigado meu chapa. Tenho alguns aqui (em 320 kbps, hehehe)... será um prazer publicar um post seu.
ResponderExcluirAbs
Trato feito...
ExcluirMas precisarei de alguns dias....
"Para o trabalho que gostamos levantamo-nos cedo e fazemo-lo com alegria."
William Shakespeare
Sem pressa, William. Estou preparando um com o Véio, que deve sair amanhã. Obrigado
ExcluirOld School, não dá para ouvir 21st Century... e ficar impassível... Imagina em 1970! Estes dois primeiros discos, com Greg Lake são obras primas! Thanks man por sempre comparecer.
ResponderExcluirPeter Hammil, thanks for your comment. I just love King Crimson, Robert Fripp is a genious! But he is a 21st century schizoid man! No doubts about that. I am very happy for your contact. Please, stay with us!
ResponderExcluirmy best!
Peter Hammill é muito modesto... e louco! kkk
ResponderExcluirEu quero um trago.
Bill Ward
Ouvi KC é sempre muito bom, parabenizo o blog pelo excelente trabalho.
ResponderExcluirabs.
Piva
Procurei um músico honesto, e encontrei. Seu nome: Robert Fripp. Sua humildade é tamanha que deixou os solos de guitarra a cargo de Adrian Belew. E a humildade não parou por aí, aceitou o pedido de Adrian Belew ao batizar a banda de King Crimson, não Discipline, como o mestre queria. A humildade + a bondade chegou a um ponto que permitiu que Adrian Belew, que tem uma das vozes mais feias do rock, fosse o cantor da banda.
ResponderExcluirO último disco do maior ícone do rock progressivo foi o RED. King Crimson com Adrian Belew é descartável.
Daí, não é certo dizer FORA FRIPP, o correto seria FORA ADRIAN BELEW!
Eu não sou um ateniense ou um grego, mas um cidadão do mundo.
Diógenes
Eu não sei nada, exceto o fato da minha ignorância.
Diógenes
É preciso um sábio para descobrir um homem sábio.
Diógenes
O homem é o mais inteligente dos animais e o mais bobo.
Diógenes
Hello, good people!!!
ResponderExcluirI'm back again....
O primeiro e único Peter Hammill!!!
O resto é FAKE!!
Sempre usei este nick em homenagem ao ÚNICO e verdadeiro
líder do VDGG.....
Jamais OUSEI passar pelo verdadeiro.......pois é muito fácil um anão
enxergar o horizonte apoiado nos ombros de um gigante!!!
Quanto ao KC ele é cool, mas jamais foi meu "cup of tea", sempre achei
que faltava (e falta!) algo para ele ser um grupo completo e fundamental!!!
"""█▓▒░ ★ Life Gets Sweeter Everyday ★ ░▒▓█"""
Peter Hammill
O colega Diógenes esqueceu de dizer que Bob Fripp há muito abandonou o rock progressivo. Tudo fazendo crer que curtiu apenas aquele momento dos anos 70, e foi só. Fez muito , e como fez, mas deixou saudades naqueles que gostam de um genuíno som progressivo.
ResponderExcluirConcluindo, melhor que o KC dos anos 70, são poucos, mas o KC de Adrian Belew, com a cumplicidade de Fripp, faça-me um favor!
Sobre os Peter Hammills, o que fala em inglês é bem mais simpático que o que diz em português.
Podem ficar a vontade.
“Se você exige só obediência, então você juntará em volta de si mesmo somente bobos.”
―Empédocles
Excellent
ResponderExcluirThank you for this splendid collection.
ResponderExcluirSplendid collection
ResponderExcluir