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segunda-feira, 9 de junho de 2014
Sá & Guarabira
Sá e Guarabyra é uma dupla musical brasileira formada em 1973 pelos compositores e cantores Luíz Carlos Pereira de Sá (Rio de Janeiro, 15 de outubro de 1945) e Guttemberg Nery Guarabyra Filho (Barra, Bahia, 20 de novembro de 1947). O primeiro sucesso de Guttemberg Guarabyra veio em outubro de 1967, quando fica em primeiro lugar no Festival Internacional da Canção com a música "Margarida" apresentada com o Grupo Manifesto, do qual fazia parte. Já Luiz Carlos Sá teve seu primeiro grande sucesso gravado por Pery Ribeiro em 1966, "Giramundo". Eram artistas solo até os dois formarem, juntamente com Zé Rodrix (que antes era do grupo Som Imaginário), a banda de rock rural Sá, Rodrix e Guarabyra, que alcançou o sucesso a partir de 1971, gravando dois LPs pela Odeon — Passado, presente e futuro e Terra 2 — e se apresentaram, em julho de 1972, em um espetáculo no Teatro Opinião, no Rio de Janeiro, seguido de espetáculos e aparições na televisão. Nessa época, Sá e Guarabyra receberam prêmios de publicidade pelo jingle "Só Tem Amor Quem Tem Amor pra Dar", criado para a Pepsi.
Em 1973, Zé Rodrix separou-se do grupo, e então a formação passou a ser Sá & Guarabyra em definitivo. Gravariam ainda pela Odeon os LPs Nunca (1973) e Cadernos de viagem (1975). A dupla fez grande sucesso nas décadas de 1970 e 80, com as canções "Dona" e "Espanhola", esta última composta com Flávio Venturini, em 1976. Outro sucesso foi a canção "Verdades e Mentiras", uma entre as 100 canções mais tocadas nas rádios do país no ano de 1985 4 , após ter sido incluída na trilha sonora da telenovela Roque Santeiro da Rede Globo.
Para sonorizar esta história, segue primeiro um álbum com Sá, Rodrix e Guarabira:
O quinto LP de Sá e Guarabyra (e sétimo, contando com os dois do trio Sá, Rodrix e Guarabyra), lançado há algumas semanas pela RCA, é exatamente uma retrospectiva destes dez anos de carreira. Chama-se 10 Anos Juntos e foi gravado ao vivo durante as cinco apresentações da dupla no final de outubro do ano passado (1982) em São Paulo. Muito sintomaticamente, o show que resultou no LP não foi apresentado no Tuca, no Pixinguinha ou em qualquer outro dos teatros dos bairros nobres de São Paulo, mas no Paulo Eiró, teatro simples, da Prefeitura, em um trecho barulhento de Santo Amaro (“O Brasil é muito mais do que qualquer zona sul…”). Diante de uma casa lotada, com a platéia ocupando todos os espaços, inclusive dos corredores, Sá e Guarabyra contaram histórias de suas vidas e carreiras e apresentaram músicas de antes e depois de 1972, ano em que começaram a trabalhar juntos.
Das várias composições que apresentaram, escolheram 11 para compor o LP – o qual, fazem questão de dizer no encarte, não tem adicionais de estúdio e reproduz fielmente o que foi apresentado no espetáculo. (O ouvinte não perde nada com isso: a qualidade de som é muito boa). Para a legião relativamente pequena, mas muito fiel, dos admiradores da dupla, é um disco imprescindível – mesmo porque nada garante que daqui a uns dois anos ele ainda possa ser encontrado em qualquer loja. Para quem não conhece bem o seu trabalho, é uma experiência no mínimo agradável.
As vozes são gostosas, afinadas, corretas, simpáticas; as interpretações são sensíveis, às vezes comoventes (Luís Carlos Sá consegue a proeza de regravar uma música que ficou muito conhecida na voz de Milton Nascimento e fazer-nos até esquecer da versão do grande cantor, na faixa “Caçador de mim”, de Sá e Sérgio Magrão). Os arranjos são simples, nada grandiosos ou grandiloqüentes, e muito bem cuidados; o acompanhamento, do conjunto Ponte Aérea, que há cinco anos toca com a dupla e até já gravou um LP solo, é muito bom (nada mais que guitarras, baixo, teclados e bateria, com o acréscimo de violas e violões tocados por Sá e Guarabyra).
E as canções são, todas, no mínimo gostosas, agradáveis (até mesmo as mais fracas, como “Dança o atrevido”, bela melodia para uma letra muito pobre), às vezes inteligentes e sensíveis (como “Vem queimando a nave louca” e “Sete Marias”), às vezes brilhantes (como “O Pó da Estrada”, “Dona”, do último festival da Globo, e “Sobradinho”). Uma bela lição de simplicidade, coerência e competência. E mais uma bela prova de que o Brasil – felizmente – é muito mais do que qualquer zona sul.
( Este texto foi publicado na revista Ato, na edição de março/abril de 1983.)
Sá e Guarabira foram músicos muito presentes na época em que fiz faculdade, em Jaboticabal. Tocaram em todos Festivais de Música da SECITAP, na saudosa Concha Acústica, e participaram de algumas festas nas Repúblicas. Há uma lenda que diz que a música DONA, foi inspirada por uma bela estudante de Veterinária...
Concha Acústica de Jaboticabal-SP
E para finalizar, um solo de Zé Rodrix, no auge do Rock Rural;
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Sebos dos Anos 80
Antes da Internet, para ouvir e conhecer sons novos, somente na Galeria do Rock, Woodstock Discos, Baratos e Afins...
Hello, Good People.....
ResponderExcluirMais uma OBRA de ARTE do neo-prog......
Muito...muito bom......toques dos gigantes do rock progressivo,
sem perder a "IDENTIDADE"""""
Apenas um álbum para degustação.....se quiserem,
tenho a discografia completa........
https://drive.google.com/file/d/0B5NfGNi4LBKsMzBiTXJ2XzVkclU/edit?usp=sharing
Peter Hammill - SP
Baixando... Os Mundi já está na vitrola. Valeu, meu velho.
ResponderExcluirAbraços
Peter... Valeu pelo som... O post do Airbag já está pronto. Muito bom o som, bom mesmo...
ResponderExcluirObrigado